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Tentativa de assassinato contra Venâncio Mondlane intensifica clima de tensão política em Moçambique


Na madrugada de hoje, Venâncio Mondlane, candidato presidencial pelo partido PODEMOS, revelou ter escapado de mais uma tentativa de assassinato, supostamente conduzida por esquadrões da morte. A denúncia foi feita através de sua conta oficial no Facebook, onde Mondlane relatou ter sido alvo de uma operação durante a madrugada no horário local, forçando-o a se refugiar em um local incerto por questões de segurança.

O incidente ocorre em um momento de forte pressão política e social, com o governo moçambicano pedindo o retorno de Mondlane ao país, mesmo diante de alegações de ameaças à sua vida. "Seria uma sentença de morte retornar a Moçambique neste momento", afirmou uma fonte próxima ao político, que também enfrenta uma série de processos criminais movidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo Ministério Público, em meio à sua campanha intitulada "Salvação do Povo Moçambicano".

Nos últimos meses, Mondlane tem liderado uma onda de manifestações em várias partes do país, desafiando os resultados das eleições de 9 de outubro de 2024, que ele e outros opositores alegam terem sido marcados por fraudes e manipulações. Desde então, ele se tornou alvo frequente de ações que associa a uma tentativa de silenciá-lo.

Este é o quarto episódio em que Mondlane relata escapar de ações letais contra sua vida, supostamente realizadas por grupos armados que, segundo ele, são financiados para intimidar e eliminar líderes da oposição. Até o momento, o governo moçambicano não se pronunciou oficialmente sobre as alegações de esquadrões da morte, mas organizações internacionais têm demonstrado preocupação com o agravamento da situação dos direitos humanos no país.

O caso já atraiu atenção de entidades internacionais. Recentemente, durante uma sessão da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, representantes da sociedade civil moçambicana denunciaram a repressão política em curso, citando assassinatos e perseguições de figuras públicas como Mondlane.

Enquanto isso, manifestantes em Moçambique continuam desafiando a repressão policial em atos de repúdio aos resultados eleitorais, que, segundo observadores, não refletem a vontade popular.

Com as tensões políticas no ápice e o endurecimento das medidas de repressão, o futuro de Venâncio Mondlane e sua campanha é incerto. Apesar dos riscos, ele segue mobilizando apoio nas redes sociais e mantendo contato com a base de seu movimento. A localização exata do líder opositor permanece desconhecida por razões de segurança, enquanto seus aliados exigem respostas e proteção de instituições nacionais e internacionais.

A situação coloca Moçambique sob os holofotes internacionais, com pedidos crescentes para que o governo garanta a segurança dos opositores e promova um diálogo inclusivo para resolver a crise política e social.

Redação: Índico Magazine 

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