A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique enfrenta críticas devido à devolução de um Boeing 737-300F cargueiro, adquirido por cerca de 3 milhões de dólares, sem que a aeronave tenha realizado qualquer voo operacional.
A aeronave, com capacidade para 17 toneladas de carga, chegou a Moçambique em março de 2024, com a previsão de iniciar operações no dia 25 desse mês, visando aumentar em quase 90% a geração de receitas da companhia. No entanto, devido à falta de certificação da Boeing para as modificações realizadas na aeronave, esta nunca entrou em operação e será devolvida.
Além do investimento inicial, a LAM já despendeu aproximadamente 930 mil dólares em custos de aluguer da aeronave. A empresa ainda não se pronunciou oficialmente sobre os detalhes do processo de devolução, indicando que fornecerá esclarecimentos oportunamente.
Este incidente ocorre num contexto de desafios financeiros para a LAM, incluindo uma disputa com a Boeing, que exige 4,5 milhões de dólares por pagamentos em atraso num contrato de fornecimento de peças. A LAM reconhece apenas uma dívida de 729 mil dólares e propôs um pagamento faseado, recusado pela fabricante norte-americana.
A situação levanta preocupações sobre a gestão da LAM, especialmente após declarações do diretor-executivo da Fly Modern Ark, Theunis Crous, que apontou "situações de corrupção" e fornecimento de serviços acima dos valores de mercado na companhia.
Redação: Índico Magazine