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Manuel Chang pede para não morrer nos EUA e é condenado a oito anos e meio de prisão no caso das dívidas ocultas


Manuel Chang, ex-ministro das Finanças de Moçambique, foi condenado nos Estados Unidos a uma pena de oito anos e meio de prisão, após ser considerado culpado no escândalo das dívidas ocultas. Durante o julgamento, Chang fez um pedido inusitado e emotivo ao tribunal: “Não quero morrer nos Estados Unidos”, destacando os temores relacionados às condições de sua detenção e saúde.

Chang foi acusado de receber sete milhões de dólares em subornos relacionados ao esquema financeiro que envolveu mais de dois mil milhões de dólares em empréstimos garantidos pelo Estado moçambicano, sem o conhecimento do Parlamento e de parceiros internacionais. O escândalo causou uma grave crise económica no país, com consequências diretas para a população.

A condenação de Chang nos EUA foi celebrada como uma "grande vitória" pela sociedade civil moçambicana, que vê a decisão como uma confirmação da ilegalidade das dívidas e uma responsabilização de um dos principais atores no esquema de corrupção.

Após cumprir sua pena nos Estados Unidos, Manuel Chang poderá ser extraditado para Moçambique, onde enfrenta novas acusações relacionadas ao mesmo caso. No entanto, o desenrolar desse processo dependerá de decisões judiciais e políticas futuras.

O pedido de Chang para não morrer nos Estados Unidos tornou-se um dos momentos mais marcantes do julgamento, evidenciando o impacto emocional e político do caso.

Redação: Índico Magazine