Em um tom de desafio, o presidente de Ruanda, Paul Kagame, afirmou que seu país está pronto para enfrentar qualquer confronto, inclusive com a África do Sul, em meio à crescente tensão no leste da República Democrática do Congo (RDC). A declaração veio após a morte de 13 soldados sul-africanos que atuavam como forças de paz na região, fato que agravou ainda mais a crise diplomática entre os dois países.
O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, culpou diretamente a milícia das Forças de Defesa de Ruanda pelos combates, acusação que provocou uma reação imediata de Kagame. “Se a África do Sul quer confronto, Ruanda está pronta para lidar com a situação”, declarou o líder ruandês em tom desafiador, reforçando que seu país não recuará diante de ameaças externas.
A situação se desenrola em meio à ofensiva do grupo rebelde M23, que avança em direção à cidade estratégica de Goma, na RDC. A comunidade internacional tem manifestado crescente preocupação com o risco de uma escalada militar na região, com pedidos de cessar-fogo sendo ignorados pelas partes envolvidas.
Especialistas alertam que a postura inflexível de Kagame e o envolvimento de países como a África do Sul podem transformar a crise local em um conflito de maiores proporções no continente africano. Enquanto isso, líderes regionais tentam intermediar uma solução diplomática para evitar que a situação se transforme em uma guerra aberta.
A incerteza continua pairando sobre a região, enquanto Kagame reafirma sua posição: Ruanda não recuará diante de qualquer desafio.
Redação: Índico Magazine
