O perfil de Unay Cambuma, conhecido por suas denúncias contra o governo moçambicano, utilizava a imagem do fundador da RENAMO, André Matsangaissa, como identidade visual. A informação gerou grande repercussão, especialmente entre os círculos políticos e acadêmicos que acompanham a história de Moçambique.
Unay Cambuma, que faleceu há mais de dois anos na província de Sofala [segundo fontes o regime o envenenou Unay Cambuma na prisão da Beira, onde adoeceu e acabou falecendo em Gorongosa], tornou-se uma figura polêmica por meio de suas postagens no Facebook, nas quais denunciava atos do governo e apontava supostas irregularidades políticas e militares. Ele ganhou notoriedade a ponto de ser capa do Jornal Canal de Moçambique, onde suas críticas e investigações eram frequentemente debatidas.
A revelação sobre o uso da imagem de Matsangaissa levanta questões sobre a simbologia associada ao nome do fundador da RENAMO e o impacto de sua figura no imaginário político do país. Matsangaissa, que liderou a insurgência contra a FRELIMO antes de ser morto em combate em 1979, permanece uma referência histórica dentro da oposição moçambicana.
A escolha de sua imagem por Unay Cambuma pode indicar uma tentativa de reforçar a identidade de resistência e luta que caracterizou a trajetória da RENAMO, ou simplesmente um meio de anonimato para proteger-se de represálias, considerando o caráter explosivo de suas denúncias.
No entanto, os jovens recentemente detidos não são Unay Cambuma, mas sim impostores que se apropriaram da identidade e do pseudônimo do falecido Unay Cambuma, que também utilizava o perfil de André Matsangaissa.
Redação: Índico Magazine
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