Na madrugada deste domingo (02), Dinis Tivane, assessor político de Venâncio Mondlane, confirmou ter sido alvo de uma tentativa de assassinato, que culminou com o baleamento de seu segurança pessoal. O episódio aterrorizante ocorreu por volta das 04h da manhã, deixando o segurança gravemente ferido e evidenciando uma escalada na perseguição que Tivane vem denunciando há tempos.
O próprio Dinis Tivane relatou, em primeira pessoa, os detalhes do ocorrido:
«É VERDADE SIM, BALEARAM-NO...--- e ele dizia: "Foi a Polícia..." ---Já há muito que a minha casa é, por fora, "visitada" por homens suspeitos. Perguntam sobre mim, sobre minhas rotinas. Já chegaram a oferecer dinheiro a seguranças da vizinhança para que dessem relatórios sobre minhas rotinas ou avisarem sobre minhas movimentações. Já fui abalroado, em frente à minha casa, quando ia a manobrar para entrar. Eram por duas viaturas, uma Honda Accord Branca e outra Toyota Alphard, igualmente, branca. Percebeu-se que estavam a espera de mim. Quando ia a manobrar, dirigiram suas viaturas e bloquearam-me. Poderiam, naquele momento, ter feito o festival dos 25 tiros. Mas, segundos depois, recuaram as viaturas, numa sincronia diabólica e, foram embora. Claramente, foi uma das mensagens mais claras que tinha recebido até então, de que "eles poderiam fazer o que quisessem". Afinal, NÃO... e, como, de facto, não bastou, esta madrugada foram mais longe. Balearam o segurança, sim... Aconteceu por volta das 04h. Ele estava na guarita, e segundo ele, homens estacionaram sua viatura, desceram do carro, foram a guarita e, desferiram o tiro na perna, bem abaixo do joelho. O estrondo foi fortíssimo que tirou-me da cama, aos saltos. Desci e lá estava o homem a chorar, aos berros, apavorado e a regar o chão de tanto sangue, porque corria de um lado para outro a pintar de vermelho. Foi uma imagem petrificante, para mim... Dizia o guarda "socorro querem matar-me... Estou a morrer... Foi a Polícia que disparou contra mim". Aproximou-se de mim [eu estava dentro do meu quintal e ele fora] e pedia auxílio. Agentes da PRM seguiram-se, instantes, depois junto ao segurança. Voltei a subir para pegar o celular de modo a pedir uma ambulância [aliás, um dos agentes da PRM é que me havia sugerido isso] e quando retornei, toda a vizinhança já estava ali em frente ao meu portão. Uma das pessoas ali na multidão já estava a tentar ligar para o número de emergência da empresa de segurança que veio cerca de 10min depois. Houve ainda sinais estranhos, pois, quatro jovens apareceram, aparentemente, do nada, e se faziam passar por agentes secretos. Um aproximou-se de mim e solicitou falar comigo dentro do meu quintal. Os meus vizinhos, caíram em cima deles, pedindo que se identificassem e eles não o fizeram. A acção brava dos jovens fê-los saírem dali aos insultos com os jovens da zona e seguiram numa viatura Toyota Ractis.Instantes depois, o segurança baleado, já estava a subir a carrinha da sua empresa de segurança e, antes disso, disse: "Porquê me querem matar? Querem atingir este senhor [referia-se a mim] matando a mim? Eu nem sou do PODEMOS. Estes [aqui se referia aos atiradores] já vinham rondando aqui faz tempo, por causa do Senhor Dinis..."Enfim... Estou chocado...DT77»
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