O político angolano António Venâncio, conhecido por sua oposição interna ao MPLA, manifestou-se sobre a situação política de Moçambique e elogiou Venâncio Mondlane, destacando sua capacidade intelectual e liderança.
Venâncio acompanhou a conferência organizada por William Tonet, onde Mondlane foi a figura central. Em sua declaração, o político angolano afirmou que o evento proporcionou uma compreensão profunda da situação moçambicana e reforçou a percepção de que Mondlane era o candidato preferido pelo povo moçambicano.
Venâncio criticou os sistemas eleitorais de Angola e Moçambique, classificando-os como "obsoletos e notoriamente imperfeitos". Para ele, a falta de transparência nos processos eleitorais dificulta a proclamação dos verdadeiros vencedores, uma situação comum a muitos países africanos.
O ex-candidato à liderança do MPLA exaltou a capacidade de Mondlane, considerando-o um jovem "preparado para as funções de um grandioso e respeitável Chefe de Estado". Segundo ele, Moçambique perdeu uma "grande oportunidade" de prosperidade ao não eleger Mondlane. No entanto, destacou que sua crítica não busca desqualificar as competências de Daniel Chapo, presidente oficialmente empossado.
Venâncio também lamentou o impedimento de entrada de Mondlane em Angola, ocorrido na fronteira do Aeroporto 4 de Fevereiro, considerando o incidente um "constrangimento" para a democracia e a irmandade africana. Em nome dos "angolanos que se revêem nos valores democráticos", ele pediu desculpas e expressou esperança de que Mondlane possa visitar Angola em breve.
Por fim, elogiou William Tonet pela organização do evento e reforçou o compromisso comum pela democratização dos países africanos. "A nossa luta é comum e a vitória é certa!", concluiu.
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