Índico Magazine, 09 de abril de 2025 — Um caso alarmante veio recentemente a público, envolvendo uma cidadã moçambicana que, após ter sido submetida a uma cirurgia na vizinha África do Sul, viu ser retirado do seu corpo um pedaço de tecido com a estampa do Hospital Militar, localizado em Maputo. O incidente está a gerar fortes reações nas redes sociais e levanta sérias questões sobre negligência médica em instituições de saúde nacionais.
Segundo informações divulgadas num vídeo que circula online, a paciente teria procurado assistência médica na África do Sul devido a complicações persistentes após uma cirurgia anterior realizada em Moçambique. Durante o procedimento sul-africano, os profissionais de saúde teriam encontrado um pedaço considerável de tecido hospitalar esquecido no interior do corpo da paciente.
"O tecido tinha claramente a estampa do Hospital Militar de Maputo", revela uma das fontes próximas ao caso.
O caso levanta sérias preocupações quanto aos procedimentos de controlo e segurança em cirurgias realizadas em território moçambicano. Em qualquer bloco operatório, é norma universal a contagem rigorosa de todos os materiais utilizados antes, durante e depois do procedimento cirúrgico — uma prática que visa precisamente evitar incidentes como este.
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Especialistas em saúde ouvidos por este blogue reforçam que a presença de qualquer objeto estranho no corpo humano pode gerar complicações graves, desde infeções severas até danos permanentes em órgãos internos.
“Estamos diante de uma potencial falha colectiva. A responsabilidade não recai apenas sobre o cirurgião, mas sobre toda a equipa que participou na operação”, afirmou um cirurgião consultado, sob anonimato.
Até ao momento, nenhuma entidade oficial em Moçambique se pronunciou sobre o caso. No entanto, cresce a pressão para que o Hospital Militar se pronuncie e que uma investigação rigorosa seja conduzida. A sociedade civil exige esclarecimentos e, sobretudo, responsabilização.
"Como é possível um profissional de saúde esquecer algo daquele tamanho dentro de um paciente?", questiona um cidadão nas redes sociais, ecoando o sentimento de indignação generalizada.
Felizmente, de acordo com informações preliminares, a paciente encontra-se em recuperação. Contudo, os danos físicos e psicológicos causados por uma experiência deste tipo não podem ser ignorados.
Casos como este realçam a importância da ética profissional, da formação contínua e do rigor nos protocolos clínicos, sobretudo num setor tão sensível como o da saúde pública.
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