O presidente de Burkina Faso, Ibrahim Traoré, escapou ileso de mais uma tentativa de assassinato, segundo fontes de segurança próximas ao governo. O atentado foi neutralizado antes que os atiradores conseguissem concluir o ataque, graças à ação eficiente dos serviços de inteligência do país.
Duas pessoas ligadas diretamente à presidência foram detidas sob suspeita de colaborar com os atacantes. As investigações preliminares apontam que os detidos podem ter fornecido informações sobre a rotina do presidente, o que teria facilitado a tentativa de atentado. As autoridades ainda não confirmaram quem estaria por trás do plano, mas especula-se sobre possíveis conexões com grupos jihadistas, opositores políticos ou até mesmo agentes estrangeiros interessados em desestabilizar o governo de Traoré.
Até o momento, nenhum comunicado oficial foi emitido pelo governo, mas fontes militares garantem que a situação está sob controle. Como resposta ao incidente, houve um reforço significativo na segurança presidencial, com a ampliação da vigilância e revisão dos protocolos de proteção em torno do presidente. Relatos indicam que tensões internas dentro das Forças Armadas estão crescendo, com vários oficiais sendo interrogados sobre possível envolvimento na tentativa de atentado.
Este episódio soma-se a um histórico de seguidas tentativas de assassinato e golpes de Estado contra Traoré desde que assumiu o poder em 2022, após um golpe militar. O presidente tem sido alvo de constantes ameaças devido às suas políticas controversas e sua postura antiocidental. Em janeiro de 2024, uma tentativa de golpe foi frustrada e resultou na prisão de militares dissidentes. Em maio do mesmo ano, surgiram rumores sobre um plano para assassiná-lo dentro do palácio presidencial, mas as acusações foram posteriormente negadas pelo governo.
A administração de Traoré tem sido marcada por medidas que intensificaram a tensão com potências ocidentais. Desde 2023, Burkina Faso rompeu relações com a França e expulsou suas tropas do território nacional. O governo também impôs restrições severas à imprensa internacional, suspendendo a transmissão de veículos como a BBC e a Voz da América, alegando que essas mídias promoviam a desestabilização do país. Ao mesmo tempo, a aliança com a Rússia tem se fortalecido, especialmente através de acordos militares com o grupo Wagner, que fornece apoio estratégico ao governo burquinense.
Burkina Faso enfrenta uma grave crise de segurança devido à insurgência jihadista que assola a região do Sahel. Desde 2015, ataques coordenados por grupos ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico resultaram em milhares de mortes e no deslocamento forçado de mais de dois milhões de pessoas. O avanço desses grupos extremistas tem levado a uma escalada de violência, com massacres frequentes em vilarejos e ataques contra infraestruturas essenciais.
Apesar das repetidas tentativas de assassinato relatadas contra Ibrahim Traoré, nem todas foram confirmadas oficialmente. O governo burquinense nega algumas das informações que circulam sobre conspirações dentro da guarda presidencial e reforça que o presidente segue firme no comando do país. No entanto, a instabilidade política e militar continua sendo um desafio significativo, aumentando a incerteza sobre o futuro do governo e da segurança em Burkina Faso.
Redação: Índico Magazine || Siga o canal 🌐 Índico Magazine 🗞️📰🇲🇿 no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VafrN6E8aKvAYGh38O2p